segunda-feira, 12 de maio de 2008

AMIANTO – A POUCA ATENÇÃO DADA PELO ESTADO

Após ter lido na imprensa, que continuam a existir no Estado edifícios com Amianto, fez com que procura-se saber qual a importância deste mineral na nossa vida social.
Antes de mais convém saber o que é o Amianto, é uma fibra mineral extraída das rochas. Está classificado em dois grupos, grupo dos anfíbolas (em que as fibras apresentam-se em forma de agulhas) e grupo das serpentinas (as fibras são mais finas).
Para efeitos comerciais, poder-se-á dizer que as fibras mais usadas são a amosite e a crocidolite, pertencem ao grupo dos anfíbolas, o crisótilo pertence ao grupo das serpentinas.
É muito conhecido pelo nome da “rainha das fibras”, porque é bastante abundante na Natureza e como tal de baixo custo, é um produto que não arde, é resistente ao calor, não apodrece, é um bom isolante térmico acústico e eléctrico, todas estas qualidades justificam a sua utilização nas construções de edifícios.
Como acima foi descrito, o amianto tem qualidades ideais para se misturar com muitos outros produtos, tais como o fibrocimento, chapas isotérmicas, colas, tectos falsos, tintas, etc, estes são produtos que facilmente se podem identificar, porque ele pode ainda estar numa vasta variedade de formas, cores, aspectos e variações, que o tornam difícil para não se dizer impossível de detectar a presença de Amianto sem ser através de análises em laboratórios especializados.
Mas porque é que se diz que o Amianto é perigoso para a saúde humana?
É um material perigoso porque ao ser inalado, as fibras são alojadas nos pulmões, podendo aí permanecer muitos anos. Normalmente o corpo humano tenta expulsar os corpos estranhos que se alojam nele, são libertadas de substâncias com a função de eliminar as fibras de amianto, mas como estas são muito resistentes a acção exercida por essas substâncias vai provocar ferimentos nos pulmões, feridas essas que poderão dar origem ao cancro do pulmão.
No entanto, se o Amianto estiver em bom estado de conservação dificilmente poderá ser prejudicial para a saúde, mas quando o Amianto se degrada há o risco de inalação das fibras. Outra forma que poderá apresentar risco é o contacto com Amianto através da ingestão de água.
Apesar de já não se fabricar produtos com estas fibras, ainda é permitido a utilização do crisólito, no entanto em 2005 a EU proibiu o uso de todo o tipo de Amianto, foi entretanto procurada uma solução, solução essa que passa pela remoção do amianto, nos edifícios mais antigos, mas este processo não é fácil uma vez que com a remoção são libertadas muitas fibras, e podem com isso ser inaladas.É aqui, que em minha opinião o governo se tem alheado deste grave e importante problema, porque a demolição de edifícios antigos e a remoção das fibras existentes nessas infra-estruturas requer um cuidado especial, e a maior parte das vezes, para não dizer na totalidade os responsáveis não tomam os devidos cuidados a fim de evitar a contaminação do ar com as fibras de Amianto. A intervenção do governo, seria no sentido de “apertar o cerco” a possíveis acções de pouco cuidado e que possam pôr em risco o meio ambiente, obrigando a “entregar” a empresas especializadas e que possuam equipamentos para que executem esses trabalhos em condições de segurança.

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