quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

SEBASTIÃO LOPES DE CALHEIROS E MENEZES


Entre os homens que por qualidades de mando avultam nas gerações passadas, encontra-se um, cujo nome, pelo seu desprendimento de vaidades e pompas, é do vulgo pouco conhecido, o general e ministro de estado Sebastião Lopes de Calheiros e Menezes.
A sua vida, desde a adolescência é de uma larga acção, foi bastante preenchida; como soldado, como engenheiro, governador de provincia ou ministro, distingui-se sempre pelo seu valor pessoal, decisão energica, sábia administração e incontestável rectidão de carácter.
O seu governo da provincia de Angola, de 1861 a 1862, é uma página brilhante. Encontrando a provincia na mais desastrosa situação,conseguiu, em tão curto prazo, transforma-la militar e civilmente, corrigindo abusos, reorganizando as forças, melhorando as povoações, animando a agricultura e o comercio, e impondo o respeito ao gentio (aquele que professa a religião pagã) e aos estrangeiros, fazendo inteira justiça.
Um facto notável do seu governo, foi o incidente Birnie, basta para demonstrar a energia desassombrada deste homem e quanto dessa qualidade importa reter aos que dispõem do superior mando.
Navegava por aqueles mares uma esquadra Norte Americana, que foi aportar à nossa costa ocidental de África, onde o comissário americano, Eduardo Birnie cometeu um crime punível pelo direito comum, sendo preso e entregue à autoridade judicial de Luanda.
O Almirante ao saber da prisão do comissário, reclamou-o energicamente ao governador, o qual respondeu com uma formal recusa da sua entrega.
Então o almirante retorquiu a ameaça de que libertaria Birnie pela força, e que, sendo necessário, bombardearia a cidade.
Sebastião de Calheiros não se atemorizou, dispôs tudo para a recepção do terrível hospede, e mandou-lhe repetir que por forma alguma entregaria Birnie, pois que este tinha sido justamente preso, e, quanto à violência podia empregar a que quisesse, mas que à primeira bala disparada contra a cidade mandava enforcar o comissário na praia em frente da esquadra.
O almirante em vista da destemida resposta de Sebastião de Calheiros e dos preparativos de defesa fez-se ao largo, sendo Birnie pouco depois julgado e segundo as nossas leis condenado.
Soube o governo dos Estados Unidos justamente apreciar este enérgico acto do governador de Angola, e mandou a corveta de guerra Mohican dar-lhe uma satisfação, oferecendo-lhe um festivo banquete a bordo.
O comandante da esquadra francesa, naquelas paragens por ocasião do incidente, felicitou o corajoso governador pela firmeza com que soube manter os direitos do seu pais, manifestando-lhe o alto apreço e grande estima que o seu carácter e o seu valor lhe mereciam, e que iriam reflectir-se na nação tão dignamente ali por ele representada.

sábado, 13 de novembro de 2010

GLACIAR COBERTO DE NEVE


As férias de Inverno estão aí! Algumas pessoas deslocam-se para a montanha a fim de poderem desfrutar da neve.
Assim, deixo aqui alguns procedimentos a utilizar num Glaciar coberto de Neve.
Quando o glaciar está coberto de neve, algumas gretas estão tapadas formando uma espécie de abóbada de desigual resistência, designada vulgarmente por ponte.
Estas pontes são mais resistentes na primavera e principio do Verão que no final deste e no Inverno.
Também são mais resistentes ao amanhecer do que ao entardecer.
Pode adivinhar-se a existência de gretas cobertas, por pequenas figuras visíveis lateralmente, estrias de neve escurecida ou cinzenta que são menos claras nas partes geladas, etc.
Ao progredir por zonas gretadas (com gretas ocultas ou abertas), deve procurar-se fazê-lo em direcção perpendicular ao sentido das gretas.
Se não for possível e houver que progredir na direcção das gretas, os montanhistas devem progredir em linha com a corda estendida, para que não fiquem todos ao mesmo tempo sobre a mesma greta.
Como regra, os montanhistas devem progredir em simultâneo em fileira e a uma distância que permita levar a corda estendida sem tocar no solo. Deverá haver uma distância mínima de 15 metros entre eles para poder reagir em caso de queda.
Para além de uma cuidadosa e continua observação da superfície do glaciar para localizar as gretas, o guia deve sondar com o cabo do piolet quando o terreno oferecer alguma dúvida, comprovando a resistência da neve.
Logo a seguir colocará o pé exactamente no local sondado. Os restantes montanhistas avançam simultaneamente, pisando sobre as marcas do guia, atentos a uma possível queda.
Se o piolet se enterrar sem encontrar resistência, o guia deve voltar um pouco atrás e sondar outro lugar tentando encontrar um ponto resistente que permita atravessar a greta ou contorná-la.
Com a prática suficiente, a sondagem realiza-se de uma maneira rápida podendo avançar a cordada com velocidade e segurança por zonas gretadas.

sábado, 23 de outubro de 2010

BATALHA DE MONTIJO - CONDE D'ALEGRETE


Em 26 de Maio de 1644, foi travada a Batalha de Montijo, município de Badajoz, Espanha, entre o Exército Português e o Espanhol.
Foi no decorrer deste combate que Mathias d'Albuquerque ganhou o seu titulo de conde d'Alegrete.
Esta acção notável, que foi das primeiras vitórias importantes ganhas pelos portugueses na campanha em que se firmou a independência, começou por uma derrota.
O General Espanhol, Marquês de Torrecusa, impaciente pela feição demorada que as determinações do seu governo impunham á campanha de Portugal, entendeu que devia, concentrando as suas forças, atacar e destruir o pequeno exército com que na fronteira se embargava a invasão, penetrar no país e subjugar na passagem de toda a província do Alentejo. O seu exército constituído, por seis mil infantes e duzentos e cinquenta cavalos, era pequeno, mas na sua opinião superior ao nosso que tinha minguada cavalaria e deferia muito no valor e ciência militar, em oficiais e soldados do exército espanhol.
Torrecusa considerava tão indiscutível a vitória que encarregara o barão de Mollingen de colher esses fáceis louros, oferecendo-lhes como homenagem á sua entrada em campanha.
Mollingen, que se estreava no exército de Torrecusa como general de cavalaria, era um bom oficial; atravessou o Guadiana á vista do nosso exército, que Mathias d'Albuquerque formara em batalha perto de Montijo, primeiro disposto a esperar o inimigo, começando depois a marchar vagarosamente sobre Campo Maior.
Era um exército composto de soldados bisonhos e mal disciplinados na sua maioria, a cavalaria estava dividida em onze batalhões e guarnecia os dois flancos; faziam parte cento e cinquenta holandeses comandados pelo capitão Piper.
Às nove horas da manhã de 24 de Março de 1644 estavam em frente os inimigos, procurando ambos os generais animar a sua gente. Iniciou o combate a nossa artilharia fazendo sofrível estrago nas fileiras da infantaria castelhana, que se refez logo do primeiro abalo, e vendo Mollingen a fraqueza da nossa ala esquerda, mal defendida, mandou carregar sobre ela, a sua cavalaria, que rompendo os terços da infantaria d'Ayres saldanha, na desordenada corrida, os destroçaram. A ala direita, com parte da retaguarda, estava coberta pelos carros de bagagem, mas vendo debandar a cavalaria da esquerda, rota a infantaria, o inimigo matando e ferindo á vontade, considerou a batalha perdida e retirou para um bosque na margem do Xevora. Os castelhanos ante esta retirada consideraram-se senhores do campo e passaram a ocupar-se em despojar os mortos e em roubar os carros de bagagens.
Mathias d'Albuquerque, tivera mais de uma vez a vida em risco procurando acudir a tanta desordem, e vendo a confiança do inimigo, ocorreu-lhe a genial ideia de tirar do desastre uma brilhante vitória.
Reuniu os seus mais valentes cabos de guerra, conseguiu formar novos terços com a disseminação da infantaria, juntou quarenta cavalos e avançou á frente dos seus oficiais, a espada nua em punho, contra os castelhanos, entretidos no saque, ao mesmo tempo que o general d'artilharia D. João da Costa fazia voltar bruscamente as suas peças contra os despreocupados inimigos com maravilhoso efeito. Os assombrados castelhanos apenas por momentos pensaram em resistir e, perseguidos sem quartel pelos nossos soldados, que uma viva chama de entusiasmo animava, obrigaram o barão Mollingen a atravessar de novo o Guadiana e tanta era a pressa com que procuravam interpor entre si e o ferro inimigo e a corrente do rio, que muitos nele se afogaram.
Às três horas da tarde, terminado o combate, Mathias d'Albuquerque tocava a reunir, formava novamente os terços, fazia levantar os feridos e acomodá-los nos carros, conservando as suas tropas formadas nos campos até à noite em afirmação da sua vitória, marchando depois para Campo Maior.

Transcrito por António Correia

Nesta Batalha está bem presente a grande formação técnica dos nossos Chefes, a paciência e a humildade do POVO PORTUGUÊS.

domingo, 22 de agosto de 2010

FECHO DAS ESCOLAS

Relativamente à intervenção do Sr 1º Ministro, no comício do PS em Mangualde, gostaria de fazer um pequeno comentário, no que se refere à Educação.

Sr 1º Ministro, custa entender como é que consegue dinamizar e rentabilizar o ensino primário fechando escolas no interior, onde inúmeras crianças terão que se levantar por volta das 6:00 e fazer percursos de vários Kms para ir para uma escola afastada da suas residências.

Parece-me que essas crianças de tenra idade irão chegar cansadas à Escola, e assim, o aproveitamento não será o mesmo se a Escola fosse próxima de casa.

Outra coisa, é o incentivo ao desenvolvimento do interior do País, como será lógico não havendo condições para as famílias estarem juntas, irão procurar o litoral onde existe mais população e assim, as escolas não fecharão.

Também não entendo como é que se fecham Escolas e depois vai abrir mais 100 novas escolas.

sábado, 5 de junho de 2010

PORTUGAL MUNDIAL DE FUTEBOL 2010


Desde que foi anunciada a lista de jogadores, procuro encontrar a razão pela qual o professor Carlos Queiroz, seleccionou o jogador PEPE.
É certo que este jogador tem qualidade, mas pelo facto de ainda não estar completamente recuperado da lesão que sofreu no Real Madrid, faz com que as pessoas não entendam, o porquê deste risco. Levar um jogador para uma prova, que apresenta dúvidas quanto à sua utilização, deixa muita gente a tentar descobrir qual o motivo do seleccionador, será Pepe um jogador imprescindível à nossa selecção?
Se isso for verdade, então Portugal terá seriamente a qualificação em risco, porque existem muitas duvidas quanto às capacidades físicas do jogador.
Não arriscando tanto o professor, poderia ter convocado outro jogador, porque apesar de Pepe, ser um bom jogador, e disso não tenho qualquer duvida, como já foi dito, não me parece que naquela posição e jogando o que ele está a jogar agora (debilidade física), seja muito difícil encontrar outro jogador.
Resumindo, Portugal vai levar para a África do Sul um jogador que muito provavelmente não irá jogar, ou então render aquilo que se espera dele, no entanto ficará saldado o favor que ele nos fez nos jogos de qualificação. Será esta a razão professor?

sábado, 15 de maio de 2010

PORTUGAL NO MUNDIAL DE 2010

Utilizo este espaço para fazer um comentário, acerca das escolhas do nosso seleccionador para o Mundial de Futebol de 2010.
As escolhas feitas são de um modo geral acertadas, no entanto, em minha opinião existem jogadores que indiscutivelmente teriam lugar neste grupo.
Estou a referir-me mais concretamente aos Guarda-Redes, salientando a não convocação do Quim, seria de inteira justiça ter sido seleccionado, pelo trabalho que fez ao longo desta época.
Mas o mais incompreensível foi a justificação apresentada pelo Sr. Queiroz, aquele argumento de que não é um de futuro é inaceitável, porque o que nós neste momento necessitamos é de jogadores para o presente.
O seleccionador não sabe qual é o futuro dele à frente da equipa de todos nós!
Como é que pode estar a escolher os melhores jogadores do momento e a pensar na garantia do futuro?
Se este foi o critério adoptado pelo seleccionador, para a escolha dos jogadores, então existe uma grande contradição, porque ele escolheu o Liedson, Deco, Ricardo Carvalho, e para não falar de jogadores que muito provavelmente não irão recuperar das mazelas que sofrem neste momento, uma vez que não me parece que estes jogadores possam vir a ter um futuro promissor.
Apesar das escolhas feitas pelo seleccionador, desejo os maiores êxitos para a Selecção e que no final da campanha, assumam os factos sejam eles positivos ou negativos, e não façam como de costume, atribuir as culpas aos jornalistas, treinadores de bancada, árbitros, falta de apoio, etc. e as glórias às vedetas.
Sr Queiroz, dispôs de muito tempo para observar, estudar e planear a nossa selecção, isto não foi do "pé para a mão", por isso não tem desculpa, se o fracasso acontecer a única responsabilidade é sua!
Se houver glória você será um herói, portanto os dados estão lançados.
Atenção que eu não estou a pedir o Campeonato do Mundo, estou a pedir apenas a dignificação do nosso País.