domingo, 19 de janeiro de 2014

O Milagre das Rosas

Muitos de nós já ouvimos falar no Milagre das Rosas, no entanto, não sabemos explicar o que na verdade se passou.
Assim, e de uma maneira muito resumida, transcrevo a breve História de Santa Isabel, a padroeira.

O Milagre das Rosas deu a D. Isabel, mulher do Rei D. Dinis, o direito de ostentar o titulo de "padroeira dos padeiros".
Reza a história que, no terrível ano de fome de 1333, D.Isabel teve de empenhar as suas joias para pagar o trigo e continuar a distribuir o pão pelos pobres, como era seu costume.
Um dia, abordada pelo rei, escondeu os pães no regaço e, quando o monarca lhe perguntou o que ali levava, D. Isabel respondeu que eram rosas. D. Dinis duvidou, até porque era janeiro, e pediu para as ver. Santa Isabel abriu os braços e, no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas.
Montepio - Primavera 2013

Mais uma vez a nossa história demonstra a bondade de muitas pessoas, que realmente tinham como finalidade servir e ajudar aqueles que mais necessitavam, são personalidades que merecem a nossa distinção e relevo.


sábado, 11 de janeiro de 2014

AS BANDEIRAS DO REGIMENTO DE SEVILHA

Ontem, após uma leitura achei que deveria transcrever, mais um grande feito dos nossos heróis portugueses, para poder testemunhar, mais uma vez, a bravura, a valentia e a coragem do povo português.
Assim, esta batalha histórica de 1762, que passo a transcrever, vem enaltecer o orgulho, a honra e o espírito de sacrifício que o povo português sempre demonstrou, para preservar a sua soberania.

Guerra dos Sete anos
  Tropheus de guerra preciosos são três bandeiras hespanholas que representam o nosso mais importante feito d'armas, por occasião da guerra dos sete annos, em que nos achámos involuntariamente envolvidos e d'onde saímos sem desaire graças ao enérgico governo de Pombal, apesar do decadente estado do exército portuguez n'aquella época.
  A figura altaneira do grande estadista não supportava affrontas ao seu paiz, e a sua grandiosa previdencia d'homem d'estado sabia pôr-nos ao abrigo d'insultos.
Almirante Boscowen
  Quando o almirante inglez Boscowen, alcançando a esquadra franceza de La Clue, perto de Sagres, ali a destroçou sem respeito pela nossa neutralidade, Pombal exigiu da Inglaterra uma satisfação, que logo, e ostensivamente, lhe foi dada. Algum tempo depois convidam-nos a Hespanha e a França para entrar em campanha contra os inglezes, ao que Pombal respondeu protestando a nossa inviolável neutralidade, o que não impediu a Hespanha d'enviar nos, pela fronteira de Traz-os-Montes, o marquez de Tarria com 42000 homens para obsequiar Portugal.
Schaumbourg Lippe
 O grande ministro, que não podia aceitar tão bellicas manifestações d'amizade, recebeu os hespanhoes como inimigos, e declarada a guerra pediu á Grã-Bretanha o socorro da sua alliança, e chamou o general allemão conde de Schaumbourg Lippe para lhe confiar o commando e instrucção do nosso desorganizado exercito. Este hábil general desempenhou honrosamente a sua missão, conseguindo com as nossas diminutas e inexperientes tropas e 7000 auxiliares inglezes, suster a invasão de Portugal, e, penetrando no paiz visinho, dar a lição um tanto severa de Valencia d'Alcantara.
  Commandava as forças que realisaram este feito o brigadeiro Burgoyne.
 Na ordem do dia de 29 de agosto de 1762, datada de Niza, elogia o marechal conde de Lippe, o brigadeiro e as suas tropas por esta gloriosa acção, tão rápida e enérgica. Quinze léguas de marcha sem descanço por escabrosos caminhos. Valencia tomada d'impeto e o regimento de Sevilha, que se dispunha a entrar em Portugal, destruído, aprisionado o general Miguel Trumbety e Balanza, o coronel do regimento de Sevilha, muitos outros officiaes distinctos, numerosos soldados e as três bandeiras, que para memoria d'este famoso dia se conservam religiosamente guardadas no museu de artilharia.
 Foi toda esta campanha commandada por valentes aventureiros dos que então pela Europa faziam a profissão das armas um mister, e o barão d'Alvito, general em chefe do exercito portuguez soube, despindo se patrioticamente de todo o orgulho que em occasião assim critica seria deploravel, declinar os seus direitos em favor, do saber militar do conde Lippe, nunca pondo estorvos á acção prudente do marechal allemão.
 A inhabilidade d'alguns dos nossos chefes provou-se nas capitulações de Salvaterra e Almeida, mas para resgatar esse desdouro, dava no pequeno forte d'Ouguella o capitão de cavallaria Braz de Carvalho uma lição d'heroismo.
 Com alguns paisanos armados e 50 fuzileiros de Campo Maior fez frente aos mais enérgicos ataques do inimigo, obrigando-o a desistir da posse d'um posto que a bravura dos defensores tornava inexpugnavel.

Theorias nas Casernas - Ribeiro Arthur