domingo, 19 de abril de 2009

SEXO ATÉ AO FIM DA VIDA

Tem sido frequente ouvir e “ver” na sociedade, nos membros da família, aos amigos, afirmações do tipo, que os idosos são pessoas sem actividade sexual. Quando deparamos com um idoso que manifeste algum interesse por sexo é de imediato apelidado como sendo um “velho assanhado” que não se dá ao respeito e que depressa encontrará uma “vadia” que lhe fique com o dinheiro, pois ele já não tem condições para satisfazer essa mulher.

Quando se trata de uma idosa, as criticas são ainda mais contundentes, desde ser uma mulher sem escrúpulos que está possuída por coisa má, que faz magia para atrair um homem mais novo, etc.

Todas estas atitudes revelam que o preconceito consolidado contra a sexualidade dos mais velhos era e continua a ser um verdadeiro tabu.

No entanto com a mudança de costumes, com alguma flexibilidade nas relações sociais, culturais e económicas, os idosos vão adquirindo alguns direitos que antes lhes tinham sido negados. Com o inegável prolongamento do tempo médio de vida, acalentam-se novas expectativas de acesso ao lazer, à cultura e ao bem-estar para os que conseguem uma vida mais prolongada. A condição económica dos idosos também melhorou; aposentados, com família criada, ficam com algum dinheiro para gastar com lazer, cultura, viagens, turismo e assim poderem criar a coragem necessária para romper com o preconceito de que os idosos não têm sexo?

Importante será mesmo fazer passar a seguinte mensagem: O ser humano nasce com sexo e morre com sexo. O sexo não tem idade. Muitas vezes o que falta é o querer, é tomar a decisão, é estimulá-lo, porque a sexualidade manifesta-se no imaginário no corpo e na prática, ela está sempre por aí. A diferença em relação à juventude, é a de que passa a existir mais qualidade em vez de quantidade, tornando-se mesmo mais sublime e provocando um prazer mais intenso. Convém ainda reter que todos os idosos saudáveis estão aptos e exercerem a sua sexualidade ao longo de toda a sua vida, apenas têm que manter e mesmo alimentar todos os sonhos e fantasias que lhes surgem na mente, o sexo é vida, amor, paz e aumenta a auto-estima.

Aqueles idosos que hoje ainda têm alguma dificuldade em manter a sua vida sexual, este assunto está ultrapassado graças ao trabalho da ciência e da tecnologia que desenvolvem constantemente novos estimulantes químicos e mecânicos, a fim de facilitar a actividade sexual.

Com a orientação médica, quem tem dificuldades consegue superar problemas, desde que não seja de doença crónica degenerativa. A sexualidade hoje está ao alcance de todos.

Aos nossos idosos, só lhes resta romper com os preconceitos: religiosos, sociais e culturais para continuarem vivos, interessados em manter e desenvolver a sua actividade sexual sem medo, porque ela faz bem, desperta os sentidos, dá-lhes mais vontade de viver com mais qualidade. Com uma actividade física regular e uma cuidada aparência, aumenta-se assim a beleza de uma vida de motivação ao longo da 3ªidade.

Para terminar apenas relembro que nas relações sexuais é sempre importante utilizar os meios seguros para evitar as doenças transmissíveis.

Concluindo escrevo que entre as várias conquistas obtidas pelos seres humanos na vida moderna devemos destacar a maior longevidade, incluindo o reconhecimento do direito e as condições plenas para o exercício da sexualidade sem medo, com prazer e segura até ao fim da vida.

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