domingo, 31 de julho de 2022

IGREJA - ABUSOS SOBRE CRIANÇAS

 

Relativamente a um dos assuntos que marcam a atualidade mundial, congratula-me e ameniza a minha revolta, a forma como a Igreja Portuguesa, e diga-se em alinhamento com as palavras do Santo Padre, pede perdão e desculpas pelo mal que foi cometido por tantos membros da Igreja, contra crianças. 

Assim, e de uma forma esclarecedora e verdadeira o Patriarca D. Manuel Clemente, através de uma carta aberta, esclarece, reconhece e lamenta o sofrimento causado a todas essas crianças, afirmando que todos os atos do seu conhecimento terão a participação devida às autoridades competentes, a fim de que todos os agressores sexuais possam ser julgados e punidos de acordo com as Leis da Justiça.

É certo que alguns factos ocorridos no passado, e que agora estão a ser expostos e trazidos a público causam uma revolta entre o Povo, no entanto, não correspondem às recomendações e padrões atuais, assumidos pela Igreja, que não defende nenhum perdão excecional por ser a instituição que é relativamente a este assunto.

Quanto às ocorrências passadas e devido à sua longevidade, será compreensível merecerem o seu enquadramento atual, porque  algumas dessas vitimas já não pretendem ser expostas e submetidas a tão grande humilhação e dor e também porque alguns dos criminosos já faleceram ou estão gravemente doentes. 

Assim, já pouco se poderá fazer senão lamentar e repudiar a forma como as autoridades competentes deveriam ter agido nessa altura. Resta-nos lamentar e tentar aliviar o sofrimento daqueles que viveram tais horrores.

Em conclusão e salvo melhor opinião exponho algumas ideias importantes, a aplicar, para mitigar estes abusos:

1º Criar mecanismos de fácil acesso e utilização para se poder denunciar e condenar tais atrocidades;

2º Que estes casos sejam julgados de uma forma anónima, rápida e compensatória;

3º As autoridades competentes deverão rever a legislação no sentido de agravar as penas a aplicar a estes crimes por forma a demover futuros predadores sexuais.

Por fim um apelo à fraternidade, que significa conhecer a história do nosso próximo, conhecê-lo sem rotulá-lo e ajudá-lo quando ele está mal.


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